terça-feira, 29 de setembro de 2009

Honduras: golpe perto do fim?


O agravamento das tensões em Honduras, com a decretação do estado de sítio e o fechamento de veículos de comunicação podem sinalizar o enfraquecimento do movimento golpista. As manifestações de apoio ao golpe, cada vez mais rarefeitas, contrastam com o fortalecimento do movimento pró-Zelaya. Apesar do estado de sítio, há indicações que novas manifestações podem eclodir a qualquer momento.

As recentes declarações do secretário Geral da ONU, Ban Ki Moon, condenando o estado de sítio e cobrando a preservação da integridade da embaixada brasileira, atestam o isolamento político de Michelleti. O estapafúrdio ultimato exigindo que o mundo todo declare reconhecimento ao seu governo golpista é um sinal de que a barca começa a fazer água.

Essa sinalização mostra que, apesar de ser considerada pela imprensa brasileira como atabalhoada, a tática de Zelaya começa a mostrar efetividade. Sua presença no país reforçou o movimento de resistência popular, que passou a exigir seu retorno ao governo e o fim da crise institucional, e forçou a comunidade internacional a tomar posições mais efetivas contra ao país. Espera-se ainda que, com a possibilidade do não pagamento do funcionalismo público do país, a pressão para o retorno da normalidade em Honduras acabe dando um fim ao golpe. Para isso torcemos todos os democratas do mundo.

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Guerra

Enquanto isso, o PIG começa a questionar do governo brasileiro se decretará guerra a Honduras em caso de violação da embaixada brasileira. Tipo assim: se decretar, é intervencionista; se não, é frouxo.

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