quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pau canta no ninho tucano


O pau cantou no centro do ninho tucano. A visita dos parlamentares estaduais tucanos José Megale, Ítalo Mácola, André Dias, Bosco Gabriel e Manoel Pioneiro acompanhados dos federais Zenaldo Coutinho e Wandenkolk Soares ao presidente nacional do partido, o senador pernambucano Sérgio Guerra, quase terminou em pancadaria quando foi invadida pelo senador Mário Couto e o deputado federal Nilson Pinto.

Aos gritos e empurrões, Couto e Pinto tentaram melar as intenções dos parlamentares tucanos, que eram a imediata posse de Zenaldo como presidente estadual dos tucanos no Pará e a definição urgente do nome do partido que disputará contra a governadora Ana Júlia as eleições de 2010. Guerra precisou de muita diplomacia para impedir que os tucanos paraenses chegassem às vias de fato.

Tapioucouto, em meio à refrega, declarou que Almir Gabriel estaria construindo com ele uma grande estratégia buscando pleitear a vaga de cabeça na chapa majoritária do partido. Para isso, a prorrogação do mandato do atual presidente Flexa era crucial. Couto gritava que, caso Jatene não desistisse da candidatura, Almir estaria disposto a apresentar seu nome na convenção do partido em 2010.

Ao mesmo tempo, Zenaldo e os demais gritavam que o tempo de Almir já havia passado, e que, apesar de Almir ter-lhes empurrado a candidatura de Couto ao senado, não estariam mais disposto a aturar os desmandos do ex-bicheiro. Zenaldo declarou ainda que exige o cumprimento do acordo firmado com Flexa que garante sua posse como presidente da legenda.

Pau canta no ninho tucano 2


O resultado de todo esse “pega pra capar” na cúpula tucana foi o adiamento para o próximo dia 25 de outubro de uma decisão nacional sobre o imbróglio.

O que o eleitorado paraense pode perceber é que a distância do poder atinge os tucanos duramente. Após 12 anos refastelando-se sobre a miséria do paraense, e escorraçado do poder pela vontade soberana do eleitor, os tucanos ainda lutam desesperadamente pela sucessão em seu partido com a vã esperança de que as doações de campanha acorrerão aos milhões quando puseram suas escassas tropas em combate.

O que não conseguem ver, impedidos pela soberba do poder que perderam, é que seu partido não dispõe de um projeto de poder moderno, capaz de levar o povo paraense a acreditar que seu retorno ao pdoer trará alguma modernidade.

Almir Gabriel era o novo em 1994 por representar a substituição do “rouba mas faz”, que era Jader. Hoje, representa o que de mais velho pode existir na política paraense, incapaz que foi sequer de dar satisfações de sua derrota ao eleitorado. Mário Couto, então, nem se fale. Filhote da ditadura militar, truculento e pouco capaz de articular os pensamentos para construir alternativas de poder, “paga mico” achando que está abafando. Jatene, mais afeto à vida boa do que ao trabalho duro do poder executivo, espera pegar o poder de mão-beijada.

Assim segue a novela tucana. Enquanto isso, os demais players se movimentam no tabuleiro. Lembrando a velha canção de Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Desligamento de Edilza Fontes da DS: breves considerações


Recebemos por email a carta da professora Edilza Fontes informando seu desligamento da corrente Democracia Socialista, e a opção por compor outro agrupamento petista, desmentindo assim as insinuações de que estaria migrando para outra legenda.

Não vimos nada demais na carta. Edilza não rompeu por discordar de questões políticas, por um interpretação diferente da conjuntura internacional, nada disso. Nada há além do claro reconhecimento da autora da missiva que não gosta de ser contrariada. Enquanto mandava e desmandava na corrente, a professora Edilza estava contente. Quando passou a ser contrariada, pulou fora.

Quando um cidadão, ou cidadã, deseja compor um grupo político, deve ter a clara noção de que está ali para ganhar e para perder, para compor o grupo majoritário ou, quando em minoria, pra acatar o posicionamento do grupo vencedor. Essa é a regra básica de qualquer forma de organização, seja ela política ou não. Se for sempre o vem a nós, então não existe um grupo, existe sim a vontade do um sobre o todo.

A professora Edilza, pela sua condição de historiadora e ex-militante de uma organização marxista-leninista clandestina que era o PRC, deve saber disso. Logo, causa estranheza o desagrado em ser derrotada internamente. Está fingindo não conhecer a regra do jogo? Não sei.

O certo é que concordo com ela quando diz que todas as pretensas candidaturas em um grupo político são legítimas. Mas discordo que todas devem ser efetivadas. Acho que qualquer organização que pleiteia intervir na conjuntura para determinar o rumo da história deve ser capaz de traçar uma estratégia, e no mudar da conjuntura, determinar as táticas mais adequadas para alcançar as metas estratégicas. Entre estas táticas está a tática eleitoral.

Assim, por mais legítimas que sejam as candidaturas, se não se enquadram na tática, não são adequadas para o momento. Aprendi estas coisas na formação política que tive em organizações de esquerda, que reivindicavam o materialismo-histórico como matriz teórica para a interpretação da conjuntura. Acredito que estas regras ainda valem para uma análise nos dias de hoje. E os velhos esquerdistas, esqueceram disso? Pois se ficam fazendo biquinho, acho que sim.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Helinho e o King Kong


Há quase 12 anos atrás, o Pará ocupou as páginas da imprensa local pelas diatribes praticadas pelo vice-governador de então, Hélio Gueiros Jr. Após o afastamento do titular, Almir Gabriel, em decorrência de um grave problema cardíaco, Helinho, como era conhecido, demitiu de uma tacada só os scretários de estado de Administração, Fazenda e Planejamento, os chefes das casas Civil e Militar, cancelou os incentivos fiscais que o Estado concedia à Companhia Vale do Rio Doce, mandou retirar os sessenta policiais que faziam a segurança da empresa em Serra Pelada e demitiu por decreto o presidente do banco do Estado.

Lembrei dessas presepadas todas ao ler as ilações de associados da tucanagem que rapinou nosso estado que o vice-governador de hoje, Odair Corrêa, deveria fazer o mesmo. Demitir todo mundo e pagar um imenso mico, ou melhor, um King Kong, em escala nacional. Tudo porque ele supostamente estaria sendo desprestigiado pelo governo da titular, Ana Júlia.

É interessante ver o despeito com que age esta turma. Não aceitam de forma nenhuma o jogo democrático e se recusam a adotar um posicionamento altivo frente a alternância de poder. Assim, não conseguem ser oposição, ter um projeto a oferecer a sociedade como alternativa. Só restam as atuações tragicômicas de um Mário Couto na TV senado, as piadinhas, os ti-ti-tis. Talvez por isso desejem o retorno de um Helinho. Para provar que não só eles foram capazes de pagar um mico, os petistas podem também.

Jatene diz que fica


O ex-governador Simão Jatene mandou avisar a quem interessar possa que não pretende se desfiliar do seu partido, o PSDB, e ingressar em outro até sexta-feira. O recado é dirigido a Jader Barbalho, que vem assediando o sósia castanhalense de Bin Laden há algum tempo, através de seus veículos de comunicação e de seus associados.

O convite de Jader não era fácil de ser recusado: a candidatura ao governo estadual, acompanhada de dinheiro para a campanha e uma vaga no palanque presidencial de Dilma.

Contudo, Jader deu muito na cara que tinha como objetivo ter Jatene como uma espécie de candidato boi de piranha, aquele que é enviado na frente da boiada, é devorado, mas permite que o resto da boiada passe. Com isso, Jader teria garantida sua vaga ao senado, faria uma boa bancada federal e estadual e ainda poderia regatear o apoio a Ana Júlia no segundo turno, como fez em 2006.

Mas Jatene deve ter recordado os acontecimentos recentes. Em especial, o grande destaque dado à entrevista de Almir e Mário Couto, onde ambos desceram a lenha no nosso ex-governador boa vida, com direito à página dupla e metade da capa da edição de domingo. Ali ficou claro que Jader estava pondo em curso um plano para fulminar o que restava do PSDB e pavimentar seu caminho ao senado, em 2010, e de seu filho ao Palácio dos Despachos em 2014.

Honduras: golpe perto do fim?


O agravamento das tensões em Honduras, com a decretação do estado de sítio e o fechamento de veículos de comunicação podem sinalizar o enfraquecimento do movimento golpista. As manifestações de apoio ao golpe, cada vez mais rarefeitas, contrastam com o fortalecimento do movimento pró-Zelaya. Apesar do estado de sítio, há indicações que novas manifestações podem eclodir a qualquer momento.

As recentes declarações do secretário Geral da ONU, Ban Ki Moon, condenando o estado de sítio e cobrando a preservação da integridade da embaixada brasileira, atestam o isolamento político de Michelleti. O estapafúrdio ultimato exigindo que o mundo todo declare reconhecimento ao seu governo golpista é um sinal de que a barca começa a fazer água.

Essa sinalização mostra que, apesar de ser considerada pela imprensa brasileira como atabalhoada, a tática de Zelaya começa a mostrar efetividade. Sua presença no país reforçou o movimento de resistência popular, que passou a exigir seu retorno ao governo e o fim da crise institucional, e forçou a comunidade internacional a tomar posições mais efetivas contra ao país. Espera-se ainda que, com a possibilidade do não pagamento do funcionalismo público do país, a pressão para o retorno da normalidade em Honduras acabe dando um fim ao golpe. Para isso torcemos todos os democratas do mundo.

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Guerra

Enquanto isso, o PIG começa a questionar do governo brasileiro se decretará guerra a Honduras em caso de violação da embaixada brasileira. Tipo assim: se decretar, é intervencionista; se não, é frouxo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Honduras, golpe e o partido da imprensa golpista


Através do Twitter, respondi à colega Helena Palmquist, talvez até acidamente, se ela realmente estava surpresa com a abordagem pró-golpe dada pela imprensa nacional ao caso de Honduras. Afinal, uma imprensa que, aberta ou veladamente apoiou o golpe militar de 64 no Brasil e, mais recentemente, declarou esta mesma ditadura como ditabranda, não poderia ter atuação diferente.

No caso em questão, devemos lembrar as condicionantes: Zelaya é de origem rica, tendo sido eleito por um partido de direita, e ao assumir ao poder deu uma guinada à esquerda; pediu desculpas a Fidel por Honduras ter servido de base ao movimento anti-castrista; após ter sido deposto, procurou asilo na Nicarágua; foi apoiado por Chávez em sua tentativa de retornar ao poder; e por último, mas não menos importante, procurou refúgio na embaixada brasileira. Estes componentes fazem com que a imprensa golpista crie uma identidade enorme com Micheletti, que acusa Zelaya de traidor. E que fique claro: traidor da elite hondurenha.

A acusação estapafúrdia de que a política externa brasileira está tumultuando o processo democrático do país, pois a democracia seguia seu curso com eleições marcadas, é tão cínica quanto o eufemismo criado: governo de fato.

Zelaya não combinou com a diplomacia brasileira que se refugiaria em nossa embaixada em Tegucigalpa, como tem feito questão de declarar, tanto o próprio Zelaya, quanto o ministro Celso Amorim. O Brasil, por não reconhecer o governo golpista, não está abrigando um foragido, mas sim o presidente eleito democraticamente de um país. Aliás, nenhum país do mundo reconhece este governo.

A atitude do Brasil tem sido a correta, e o país foi escolhido por Zelaya pela representatividade e respeito que dispõe. As acusações de um golpista não podem ser tomadas como verdade, e é uma vergonha que a imprensa brasileira tome esta postura de forma casuística. A toma porque é o governo brasileiro, o governo Lula. Se Zelaya estivesse na embaixada da Lituânia, estaria dando vivas ao governo Lituano.

Estamos de volta

Uma semana de muitos compromissos me impediu de comentar alguns assuntos candentes aqui no blog. Contudo, pretendo no dia de hoje pagar a dívida com os leitores do blog e comentar brevemente algumas questões. Vamos lá.

Conflitos no PMDB. Existem, ou são apenas ilusões de tucanos?


A semana começou com a repercussão, em blogs de inspiração tucana, da filiação de Zeca Pirão ao PMDB. Afinal, pode se perguntar um leitor, que mal há nisso? Zeca Pirão já não estava alinhado com o PMDB, tanto que fora vice na chapa de Priante à Prefeitura?

Para os tucanos, contudo, a entrada de Pirão pelas mãos de Elcione e Helder Barbalho, com a sinalização de uma possível dobradinha entre o primeiro e a segunda, significaria uma oportunidade de ver o barraco acontecer também na casa vermelha de bolinhas pretas. Para isso, seu blogueiro oficial fora escalado com a tarefa de repercutir a ilação sobre o mal estar causado em Priante com a possível traição de Pirão.

A resposta de Helder veio no dia seguinte, através do blog de Marcelo Marques, o Bacana. Em longa entrevista, Hélder negou que tivesse passado por cima de Priante, como sugeriu o blog tucano. Negou inclusive que fosse um rolo compressor, se comparando a um pequeno trator, o que levou a publicação da infame charge onde Helder aparece com corpo de jumento. Helder afirmou ainda que não existem disputas no PMDB, como nos demais partidos, porque estaria submetido a liderança inconteste de seu pai, Jader Barbalho.

O blog oficioso do PSDB, contudo, insiste que a filiação causou mal estar entre Priante e a cúpula da família. Insiste tanto que, apesar de publicar as ponderações de Helder, em seguida nega a veracidade, em seu estilo característico. Se causou ou não, não podemos afirmar. Afinal, Priante não veio à público reclamar da filiação de Pirão. Também pudera. Depois de todos esforço empreendido pelo próprio Priante para aproximar seu ex-colega de chapa, seria muito ridículo que viesse a público reclamar.

De qualquer forma, mesmo que haja desconforto, a família Barbalho tem por hábito tratar seus problemas de forma bastante reservada. Não sei na casa de quem, mas com bastante discrição, lavam a roupa suja e combinam as reparações a que cada um tem direito nas composições que buscam, sempre, privilegiar as decisões do velho capo.

Não cometem os mesmo erros que o PSDB vem cometendo. Ao primeiro aceno de Jader, Almir e Tapiocouto foram à primeira página do Diário desancar Jatene. Os tucanos precisam aprender com o Sobrancelhudo que roupa suja se lava em casa, lá no fundo do quintal. E em silêncio.

O erro de amostragem do Ibope e a tungada em Dilma.


Leitor do blog do Paulo Henrique Amorim, em comentário devidamente identificado, apontou erro de amostra na pesquisa de intenção eleitoral divulgada nos últimos dias. Segundo ele, o Ibope praticamente duplicou o índice de eleitores com escolaridade superior. Segundo o TSE, apenas 6,13% do eleitorado brasileiro tem nível superior completo. Para o Ibope, contudo, este número pula para 13%.

O resultado da pesquisa deve ser interpretado então com bastante cautela pelos leitores. Contudo, a estratégia corriqueira de transformar as pesquisas de opinião - originalmente instrumentos de aferição de um cenário, uma fotografia, como costumam se referir alguns – em instrumentos de marketing, em indutoras do voto útil, não faz esta ressalva. Reproduzimos a seguir as ponderações para que o leitor do blog possa refletir sobre o assunto.
RELATÓRIO DA PESQUISA CNI/IBOPE DO PRÓPRIO IBOPE TEM COTAS DE ENTREVISTADOS COM CURSO SUPERIOR ACIMA DOS NÚMEROS DO IBGE E DO TSE. O IBOPE divulgou relatório com informações sobre as cotas de entrevistados e os números comprovam que na amostragem usada pelo IBOPE nas cotas referentes a escolaridade dos entrevistados existem diferenças muito grandes em relação aos números oficiais do IBGE e do TSE.
De acordo com o TSE a escolaridade do eleitorado brasileiro é de 6,13% de Analfabetos, 56,84% que só chegaram até o Ensino Fundamental, inclusive nas versões antigas, 30,71% que chegaram até o Ensino Médio e 6,20% que chegaram até o Ensino Superior, sendo que 0,12% não responderam a pergunta do TSE sobre escolaridade.

No relatório divulgado pelo IBOPE os números referentes a escolaridade das cotas dos 2.002 eleitores entrevistados na pesquisa são os seguintes: 32% de entrevistados que cursaram somente até a 4ª série, 22% de entrevistados que chegaram até a 8ª série com a soma dos dois ítens representando 54% dos entrevistados que tem escolaridade somente até o nível conhecido hoje como Ensino Fundamental.

Em relação ao Ensino Médio (antigo Segundo Grau) foi adotada uma cota de 33% de entrevistados da amostragem geral de 2.002 pessoas.
Nessas duas cotas as diferenças são pequenas, em torno de no máximo 3 pontos, mas com números apertados, como por exemplo no empate de 14% de Ciro e Dilma em uma das hipótese pesquisadas pelo IBOPE, eles fazem uma boa diferença.
Mas é na cota dos entrevistados por escolaridade com Curso Superior é que esta a diferença que provavelmente permitiu ao IBOPE ter números que certamente definiram a queda de Dilma e as subidas de Ciro e Marina,. De acordo com o relatório do IBOPE a cota de entrevistados com escolaridade a nível universitário na amostragem da pesquisa foi de 13%, enquanto que pelos numeros do TSE eles representam 6,2% dos eleitores brasileiros, ou seja o IBOPE praticamente somou os 6,13% de eleitores Analfabetos que fazem parte dos números do TSE com a cota real do próprio TSE de eleitores com Curso Superior e criou sua própria cota de entrevistados de 13% com Curso Superior.

Essa manobra com os números permitiu que candidatos, como por exemplo, a Senadora Marina Silva, na hipotese 19 na página 97 do relatório, tivessem 14% de intenções de votos entre os entrevistado com Curso Superior, 13% entre os entrevistados com escolaridade a nível de Ensino Fundamental e 8% com escolaridade a nível de Ensino Médio.
Supondo que o IBOPE utilizasse a cota real de entrevistados com Curso Superior do TSE, ao inves de entrevistar 263 pessoas que correspondem aos 13% com curso superior do total de 2.002 entrevistados da amostragem geral da pesquisa , que fizeram parte da amostragem do IBOPE, tivesse entrevistado 124 (6,2%) pessoas, nesse caso as intenções de votos de Marina Silva certamente cairiam praticamente para a metade dos números que ela conseguiu com a cota utilizada pelo IBOPE. Como a candidata Dilma Roussef teve uma intenção de votos de 34% pelos números do IBOPE na cota de entrevistados por escolaridade a nível de Ensino Fundamental e 18% a nível de Ensino Médio, levando em consideração que 6,13% da cota de Analfabetos estão na cota do Ensino Superior nos números do IBOPE, somando a isso o fato de que os Analfabetos fazem parte do contingente de eleitores, apesar de não serem obrigados a votar, o certo seria os Analfabetos não fazerem parte da amostragem ou serem incorporados aos que cursaram até a quarta série. Dessa forma os números certamente seriam maiores para Dilma e ela ao invés dos 14% que teve certamente teria tido de 16% a 17% das intenções de votos na hipótese pesquisada.
No item rejeição também a manobra dos números do IBOPE permitiu que fosse criado os 40% de Dilma Roussef, com a cota de entrevistados com Curso Superior em dobro ficou mais fácil chegar aos 54% de entrevistados com Curso Superior que responderam que não votariam em Dilma Roussef, se a cota fosse dos 6,2% referentes aos números do TSE, certamente que os 54% não existiriam e na média Dilma não chegaria aos 40%. Por outro lado o peso da cota em dobro ajudou a Senadora Marina Silva a ter uma rejeição menor entre os entrevistados com Curso Sperior e a tirar percentuais importantes de Dilma nas cotas por Ensino Fundamental e Médio fazendo a média da ministra subir nos números finais.

Finalmente é importante salientar que a pesquisa não incluiu a intenção de votos espontâneos, apenas na pergunta 17 na pagina 91 do relatório foi feita uma pergunta sem citar o cartão para escolha, mas a pergunta fala em “se os candidatos fossem estes”, o que significa que os eleitores leram os nomes dos candidatos de alguma forma, então que espécie de espontaneidade foi essa?

Infelizmente a pesquisa do IBOPE foi uma tentaiva de manipular os números e tentar convencer as pessoas, ou melhor influenciar a opinião pública, que o Presidente Lula não conseguirá ter retorno no apoio a um candidato, no caso candidata.
Flavio Luiz Sartori

Obras do Ação Metrópole em franco progresso


Motoristas e passageiros de ônibus que cruzam diariamente o cruzamento das avenidas Júlio César e Pedro Álvares Cabral já podem avistar o guindaste 50 metros de altura que erguerá as vigas e lajes pré-moldadas que farão parte do elevado que está sendo construído pelo governo do estado no local.

As áreas pertencentes ao corpo de Bombeiros e do Sipam já foram abertas e a infra-estrutura necessária para a fixação do elevado já estão prontas.

Com a construção do elevado, espera-se estabelecer um fluxo contínuo de veículos no cruzamento, permitindo tanto o acesso rápido de quem vem do Entroncamento rumo ao centro da cidade, como o sentido inverso e o acesso ao aeroporto Val de Cans.

Ao mesmo tempo, as pendências para a liberação das obras do prolongamento da avenida Independência foram dirimidas. Em breve sairão as indenizações para os moradores do bairro do Bengui, o que vai permitir a interligação entre a rodovia Augusto Montenegro e as avenidas Júlio César e Pedro Álvares Cabral através do elevado.

Com isso, o governo do estado espera dar uma passo rumo a melhoria do trânsito na entrada da cidade, facilitando o fluxo de veículos nos sentidos Centro-Entroncamento-Centro, Centro-Icoaraci-Centro, Centro-Cidade Nova-Centro.

Obras do Ação Metrópole em franco progresso 2

As três obras integram a primeira etapa do Ação Metrópole, com investimentos de R$ 131 milhões, financiados pelo Banco do Brasil. O Elevado da Júlio César custará R$ 22,6 milhões. A revitalização da rodovia Arthur Bernardes custará R$ 39,3 milhões, para a construção da pista de rolamento com 2 faixas, implantação de ciclovias e calçadas.

O prolongamento da avenida Independência está avaliado em R$ 61 milhões e inclui a pavimentação de 4,8 quilômetros, com a construção de calçadas e ciclovia, beneficiando 600 mil pessoas que vivem na região norte de Icoaraci e Ananindeua. A meta é inaugurar as três obras do chamado "Corredor Norte" até maio de 2010.

Obras do Ação Metrópole em franco progresso 3

Com a Caixa Econômica Federal, o Governo do Pará negocia o empréstimo de R$ 189 milhões para as obras do "Corredor Sul": prolongamento da avenida João Paulo II até a BR-316, a duplicação da avenida Perimetral e a construção de uma passagem subterrânea na avenida Almirante Barroso, interligando as avenidas Dr. Freitas e Perimetral. A previsão é de que essas obras sejam entregues até o final de 2010.

Simultaneamente, o Governo negocia a segunda etapa do projeto, com o envio ao Ministério do Planejamento do pedido de autorização para o empréstimo internacional necessário ao início da construção dos corredores do sistema integrado de transportes, com terminais e estações de integração, ônibus articulados para 200 pessoas, embarque no nível da calçada e tarifa única. O financiamento já está garantido pelo Governo do Japão, cuja Agência de Cooperação Internacional (Jica) é a responsável pelo projeto que está em execução na Região Metropolitana de Belém. A meta é que o sistema comece a operar a partir de 2013.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Recomendamos: Esquerda e direita na América Latina

Como julgar um governo hoje na América Latina? Como não se julgam as pessoas pelo que elas dizem que são, não se deve julgar um governo pelo que ele diz que é, nem pelo que se diz que ele é, nem tampouco pelo que gostaríamos que ele fosse.

Para julgá-lo, como se diz, objetivamente, é necessário definir quais os principais problemas que um governo deve enfrentar, para, então, julgá-lo em função dessa referência. E analisar sua política nos seus efeitos concretos, assim como o lugar e a função que ocupa objetivamente na luta política – esta, como síntese do econômico, do social e do ideológico.

No período histórico atual, o poder dominante se assenta sobre a hegemonia imperial norte-americana e o modelo neoliberal. Cada governo deve ser julgado pela medida em que se enfrente a elas e aja concretamente na construção de alternativas que as superem.

Por essa razão, os piores governos são os que, além de manterem modelos neoliberais, tratam de perpetuá-los mediante tratados de livre-comércio com os EUA, além de não participarem dos processos de integração regional, que permitem avançar na construção de um mundo multipolar.

Nesta lista estão os governos do México, do Chile, da Costa Rica e do Peru – que, recentemente, decidiram essa adesão – e da Colômbia – que pleiteia o tratado de livre-comércio com os EUA, mas teve sua solicitação rejeitada pela oposição dos democratas no Congresso norte-americano.

Entre eles, o México e o Chile são erigidos pelas instituições financeiras e comerciais internacionais como os modelos que pretendem propor para todos os países do continente. Por outro lado, a Colômbia aparece como o cenário das “guerras infinitas” do império na nossa região, onde se leva a cabo a Operação Colômbia, com uma odiosa submissão às políticas de Washington.

Essa é linha divisória na América Latina e o Caribe, aquela que divide governos que aderiram aos tratados de livre-comércio, se articulam diretamente com os EUA, se distanciam dos outros países do continente e hipotecam o futuro dos seus países, renunciando à soberania para definir temas fundamentais do país.

Entre os que não aderem a essa linha, há os que mantêm políticas econômicas neoliberais, mesmo com maiores ou menos adequações, como são os casos do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Nicarágua. Privilegiam os processos de integração regional, particularmente o Mercosul, e também o gasoduto continental, o Banco do Sul, entre outros.

Isto é possível pelas mudanças nas políticas internacionais desses países em relação às de seus antecessores, assim como por flexibilizações do modelo econômico, o que lhes permite desenvolver políticas sociais redistributivas, com revigoramento do Estado em alguns aspectos, assim como aumento do trabalho formal – mesmo se majoritariamente com empregos de baixa qualificação –, elevação do poder aquisitivo dos salários e expansão do mercado interno de consumo, entre outros aspectos positivos.

Porém, a manutenção do modelo econômico herdado não altera as estruturas de poder existentes – entre elas, o monopólio privado da mídia, o poder hegemônico do capital financeiro, o predomínio dos grandes monopólios exportadores, entre eles o dos latifúndios e das grandes empresas de exportação.

Tudo isso, em detrimento da democratização econômica e social, da mobilização e da consciência popular, da democratização da formação da opinião pública, de políticas econômicas centradas no consumo interno de caráter popular, na criação de empregos, na diminuição da jornada de trabalho, na reforma agrária, no fortalecimento da economia camponesa, na segurança alimentar, na regulação da circulação do capital financeiro, no apoio às pequenas e medias empresas.

Em detrimento do apoio e não da repressão às rádios comunitárias, da não abertura dos arquivos das ditaduras, da não democratização das terras indígenas, da liberação e não do controle e proibição dos transgênicos. (tomo exemplos concretos do Brasil, mas que podem ser estendidos ou substituídos por outros similares nos países citados acima).

Em outro grupo se situam países que romperam ou nunca haviam aderido ao neoliberalismo – como Cuba – ou que estão em processo de ruptura com o neoliberalismo – como a Venezuela, a Bolívia, o Equador –, que, além de participarem integralmente nos processos de integração citados, puderam criar um espaço superior de integração – a Alba –, em que cada país dá o que tem e recebe o que necessita, no melhor exemplo alternativo ao “livre-comércio” da OMC, como exemplo do que o FSM chama de “comércio justo”, um embrião do “outro mundo possível”.

No primeiro grupo de países, não há alternativa à esquerda senão desenvolver as mais amplas formas de resistência e oposição, com todos os setores antineoliberais, com todas as forças sociais, políticas e culturais. Os exemplos boliviano, venezuelano e equatoriano são bons indicadores das formas de reconstruir a unidade popular, em cada país a partir da sua própria história, da sua estrutura social, das tradições de luta e de organização dos seus povos.

A luta central deve ser pela revogação dos tratados de livre-comércio, mediante mobilizações populares que reivindiquem consultas populares e proponham alternativas de integração regional como opção popular e democrática, recuperando a soberania dos Estados e a participação no Mercosul e na Alba.

No segundo grupo de países, a esquerda deve desenvolver uma ação e propaganda críticas em relação às políticas econômicas e a todos os outros aspectos vinculados a elas, apoiando o que esses governos tenham de políticas externas soberanas, de fortalecimento do papel regulador do Estado, de fortalecimento do mercado interno de consumo popular – enfim, de tudo que contenha algum caráter antineoliberal e anti-hegemonia imperial.

O objetivo é reconstruir a unidade da esquerda, buscando evitar tanto a subordinação ao governo, assumindo e justificando tudo o que ele faça, quanto o erro oposto, o de perder a visão global do quadro política – incluindo centralmente a direita nacional, regional e o imperialismo – e exercer oposição frontal a tudo o que o governo faça, até mesmo a posições progressistas – como as de fortalecimento do papel do Estado, de integração regional, de resistência às políticas de Guerra dos EUA – e confundir-se, assim, com as posições da direita.

No terceiro grupo, a esquerda deve apoiar decididamente os processos em curso, com críticas, sempre dentro desses processos. Eles representam o que de mais avançado se tem na luta antineoliberal, não apenas na América Latina, mas em todo o mundo atualmente. De seu futuro depende a fisionomia que terá a América Latina e, em certa medida, toda a luta por “um outro mundo possível” na primeira metade do novo século.

Daí a necessidade das mais amplas formas de mobilização, consciência política e organização, assim como de crítica construtiva, desde dentro desses processos. Nunca somar-se, conscientemente ou não, às posições da direita, sempre buscar fortalecer o processo, atuando desde o seu interior.

Nunca a América Latina teve, simultaneamente, um número tão grande, diverso e expressivo de governos progressistas. Tem que saber zelar pela unidade interna da esquerda, pelo enfrentamento à hegemonia imperial dos EUA e ao neoliberalismo, e trabalhar na perspectiva de construção de uma América Latina pós-neoliberal.

Emir Sader

domingo, 20 de setembro de 2009

Kátia Abreu no blog do Altamiro


Do blog do Altamiro Borges:

Na encarniçada pressão dos barões do agronegócio para inviabilizar a atualização dos índices de produtividade rural, a mídia hegemônica já escolheu a sua heroína: a senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins. Quase todo dia, ela aparece nos jornalões oligárquicos e nas telinhas da TV para esbravejar contra a proposta do presidente Lula, que atendeu uma antiga demanda dos que lutam pela reforma agrária. A edição da revista Veja da semana passada deu destaque à estridente parlamentar ruralista, que propõe uma CPI “para investigar as atividades criminosas do MST” e crítica o governo federal por financiar os movimentos dos trabalhadores rurais sem terra.

A revista, que sempre defendeu os interesses dos latifundiários, só se esqueceu de falar sobre as denúncias que pesam contra a senadora do demo. Em julho de 2008, a própria Veja publicou o artigo intitulado “Tem boi na linha”, de autoria de Diego Escosteguy, que desmascara a heroína da elite ruralista. “A pecuarista Kátia Abreu, eleita senadora pelo estado do Tocantins, ganhou recentemente o apelido de Ivete Sangalo do Congresso, graças ao seu jeito barulhento de fazer política – e se projetou como estrela dos Democratas”, ironiza a reportagem, agora arquivada.

Doações ilegais e irritação

O texto, bem mais honesto, lembra que a senadora é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade “financiada compulsoriamente por 1,7 milhão de produtores agrícolas” e que tem um orçamento de R$ 180 milhões. Como prova de suas “ações criminosas”, relata que “a Veja teve acesso a documentos internos da CNA que apontam fortes evidências de que a entidade bancou ilegalmente despesas da campanha dela ao Senado. A papelada revela que a CNA pagou 650.000 reais à agência Talento, em agosto de 2006 – na mesma ocasião em que essa empresa prestava serviços de publicidade à campanha de Kátia Abreu ao Senado”.

Ainda segundo a desmemoriada Veja, “a prestação de contas dela à Justiça Eleitoral não mostra despesa alguma com o marqueteiro. Nem doações da CNA, é claro… Irritada com o surgimento da documentação, a Ivete Sangalo do Senado rodou a baiana na CNA. Mandou desligar a rede de computadores da entidade e pediu uma perícia para saber quem vazou os papéis”. Já que a nova estrela da mídia, na sua fúria contra a atualização dos índices de produtividade, coleta assinaturas para uma CPI, seria o caso de investigar também as doações ilegais das entidades ruralistas e as suas relações promíscuas com vários veículos de imprensa e alguns jornalistas de plantão.

Campanha orquestrada e barulhenta

Toda esta barulheira da mídia tem como objetivo pressionar o governo Lula, fazendo-o recuar na sua decisão de atualizar os índices de produtividade. A “barulhenta” senadora do demo serve a tal propósito político. O seu passado é esquecido e ela vive um momento de glória. Nesta ação, a mídia comprova que defende os interesses dos barões do agronegócio, os latifundiários antigos travestidos de empresários modernos. A campanha é orquestrada. Nos últimos dias, os editoriais dos principais veículos privados esbravejaram contra a sinalização positiva do presidente Lula.

O Globo de 11 de setembro, no editorial “Desatino rural”, espinafrou o governo, que persegue os “heróis” do agronegócio. A atualização do índice, segundo o jornal da família Marinho, não é uma “questão técnica, mas um pleito encaminhado pelo MST, com representantes infiltrados em aparelhos cedidos pelo governo na máquina pública. E as pressões se dão já num momento de excitação político-eleitoral”. A medida “desfechará um tiro no pé do país e do próprio governo, ao punir um dos setores mais dinâmicos da economia, devido ao ranço ideológico”.

No mesmo diapasão, a revista Veja desta semana esqueceu a reportagem de Diego Escosteguy e opinou que “a alteração dos índices mínimos de produtividade rural, principal critério usado para desapropriar terras”, serve ao MST como “desculpa para invadir novas propriedades”. Para este panfleto da direita nativa, que não tem qualquer compromisso com o Brasil e seu povo, “a falta de acesso à terra já não é uma questão social relevante no país”. Por isto a família Civita prefere dar espaço a “Ivete Sangalo do Senado”, apesar de todas as denúncias de caixa-dois, do que aos milhões de brasileiros que lutam por um pedaço de terra para trabalhar e viver com dignidade.

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Evocamos esta figura fantasmagórica dias atrás em postagem aqui do blog sobre a violência no campo. A Miss desmatamento, nos bastidores, revela sua facelta autoritária, digna dos grandes barões do latifúndio, que até passado recente tinhampoder de mando sobre a vida e a morte, e utilizavam o poder do estado como exntensão e entronização de seu poder. Contudo, felizmente, a sociedade brasileira não tolera mais esta prática. Kátia Abreu e seus assecalas latifundiários a cada dia perdem espaço na sociedade, e mesmo com toda a dissimulação, serão condenados ao ostracismo. Em breve.


A lembrança de Altamiro Borges é valida para que não esqueçamos que apesar da máscara e do triunfalismo de algumas encenações, Kátia Abreu é mais do mesmo. É o passado querendo se eternizar. O discurso do desenvlvimento não combina com sua boca, e a sociedade começa a distinguir propaganda da realidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Na Ilharga: Parece, mas não é.


Direto do blog Na Ilharga:

Se lembrarmos que a compra de ambulâncias para a SESPA, no governo passado, foram da Guararapes, empresa enrolada até o gogó com o escândalo dos sanguessugas; se lembrarmos que foi quando Valéria Pires Franco dava as cartas na saúde pública do Estado que ocorreram os maiores índices de mortalidade infantil, por número de internados, na Santa Casa de Misericórdia(19,2%), em 2004; se lembrarmos que, sob o comando dela, o acelerador linear chegou para hospital Ophir Loyola, mas ficou encaixotado, só sendo providenciada sua instalação no atual governo e, se lembrarmos ainda que Valéria está sendo processada pelo Ministério Público por carrear dinheiro público para sua própria empresa, então, pode-se dizer que a estrela do DEM fez um elogio, e não uma crítica,ao PT afirmando que tudo que ela havia "construído" o governo petista destruiu. Aliás, essa postura anacrônica, de mocinha de novela mexicana, já foi enérgicamente repudiada na eleição do ano passado, quando Valéria ocupou um dos últimos lugares, apesar dos rios de dinheiro gasto e da privilegiada cobertura midiática. Essa arrogância e artificialidade na afirmação da mais deslavada mentira, como se fosse a verdade mais incontestável é apenas reveladora de uma postura política mistificadora e distante do debate dos verdadeiros temas de interesse do estado. Felizmente, o povo tem demonstrado por ela o mesmo desprezo que ela tem por ele (povo), como vivemos em uma democracia é lídimo o direito que ela tem à manifestação.

Aliás, a postura arrogante dessa moça vem desde o tempo em que, ao lado do marido, apresentava o jornal Liberal.

A imagem de suposto "quadro político preparado" que tentaram construir para ela derreteu como maquiagem na chuva, após uma performance pífia nos debates. Tentou pagar de mãe dos pobres mas não colou também.

Tenho uma tese, que um dia poderei estudar com rigor científico, que diz que desde as eleições de 2000, o povo de Belém não quer mais votar em candidato "playboy", o mesmo valendo para as candidatas "patricinhas". Que o diga Priante, que perdeu por não ter dormido em colchão molhado.

PT exige apuração do assassinato de seu dirigente


Em nota, o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores informa que está pedindo providências no caso do baleamento de Wilson da Silva Moreira.

Wilson, que é dirigente do PT de Santana do Araguaia e integrante da Fetraf, estava no grupo de trabalhadores rurais que ocupou as terras da agropecuária Santa Bárbara. As primeiras hipóteses da Polícia apontam para um crime de encomenda.

A violência no campo insiste em permanecer, a despeito de todo o esforço do estado para coibi-la. Contudo, declarações de parlamentares como Ronaldo Caiado, Kátia Abreu (a famosa Miss Desmatamento) e o tresloucado paraense Geovanni Queiroz, que declarou da tribuna da casa da cumbuca pra cima que meteria bala em quem invadisse suas terras, apenas incentivam mais a violência, ao invés de combatê-la.

Deveriam estes parlamentares, se estivessem mesmo ao lado da ordem pública, empreender esforços no sentido de promover a mais ampla regularização fundiária, combater o trabalho escravo e o desmatamento e apoiar a reforma agrária. Assim, a sociedade teria parâmetros objetivo de determinar que são os verdadeiros criminosos, ou os latifundiários ou os sem terra.

Mas sua resistência a estas medidas modernizantes, vide a revisão do índice de produtividade da terra, por exemplo, e as suas declarações públicas, põem em xeque suas posturas de bom mocinhos e mocinha.

E a violência no campo avança. Para infelicidade do povo paraense.

Repercussão: Hupomnemata

O blog Hupomnemata, do professor Fábio Castro, faz também referência ao nosso humilde blog. Nem preciso dizer o quanto admiro Fábio, a quem tive primeiro como professor (e que me fez compreender o pouco que sei de filosofia) e depois como chefe.

Para conhecer o fantástico blog Hupomnemata, clique no link que fica na coluna da esquerda.

Meia Passagem Revisited

Militantes aguerridos do movimento estudantil reunir-se-ão na próxima sexta-feira, no sebo Cultura Usada, na avenida Assis de Vasconcelos. Mas acalmem-se, empresários de ônibus. Não se trata do retorno da UMES, nem de uma mobilização pela meia passagem intermunicipal. Mas sim de um encontro dos dinossauros que construíram o movimento estudantil de lutas que lutou e conquistou o direito a meia passagem para todos os estudantes da região metropolitana de Belém sem restrições, no final dos anos 80/ início dos anos 90.

Naquele anos, em meio todos o caos social oriundo da inflação galopante, o movimento estudantil lutava pela redução da tarifa. Primeiro conseguiu os tickets, limitados a um número determinado para estudantes primários, secundaristas e uniersitários. Depois, a sua ampliação. Finalmente, a carteirinha, com o direito ilimitado de uso, compreendendo que atividades como arte, cultura, esporte e lazer, quando realizadas fora do horário de aulas, também são direitos do estudante e complementares às atividades de classe.

Mas esta conquista não foi fácil. Jader Barbalho e Hélio Gueiros, governadores de então, não deixaram por menos, e mandar a polícia sentar a borracha nos estudantes. Após muitas batalhas, os estudantes conseguiram ver aprovado seu direito em sua plenitude.

Estas reuniões no sebo do nosso amigo Carlos Lima tem por objetivo reunir os velhos e combativos companheiros, hoje com cabelos brancos, barrigas um tanto quanto proeminentes, marcas de expressão no rosto, em torno do resgate das histórias vividas naquele tempo. À parte as diferenças das correntes, a intenção é reunir todos, para rir e confraternizar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Repercussão: Ghost Twiter

Novamente o Assuntos Candentes foi citado na coluna Primeiro Plano do jornal Público. Contudo, a editoria do jornal viu o alvo mas errou a flexa. Em verdade, não tivemos intenção de debater a migração de jornalistas para a web. Considero bastante importante a migração de profissionais de comunicação para esta mídia. Muito já se falou da importância que a web vêm assumindo equanto mídia, e não serei eu a chover no molhado.

O que eu não acho correto é que uma ferramenta como o twitter, que é eminentemente pessoal, precise de ghost writer. Menos, né gente, menos. Que crie então um twitter do gabinete, ou do mandato. Mas um pessoal não.

Tenha coragem, parlamentar, e dê suas tuitadas o senhor mesmo. Todo dia eu tenho que aturar o senador Cristóvão. Ele é chato. Mas é o twitter dele mesmo. Antes chato "true" do que legal "fake".

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ghost Twitter


A comunidade paraense no twitter está em polvorosa. Está rolando a denúncia que um parlamentar de nossa "atuante" bancada dispõe de um ghost writer para seu twitter.

Ou o termo adequado seria ghost twitter? Não sei. Só o que sei é que o fantasma está aí tuítando direto. E tem muita gente o seguindo. Cabe perguntar ao fantasma se o parlamentar de carne e osso votará contra ou a favor da liberdade da internet na campanha eleitoral do ano que vem...

Agradecimentos

O blogueiro Hiroshi Bogea fez uma postagem divulgando aos seus leitores o endereço de nosso Assuntos Candentes. Agradeço de coração a atenção a nós conferida, e ficamos orgulhosos disso, pois ao lado do Quinta Emenda do finado Juvêncio Arruda, o Blog do Hiroshi é um dos precursores desta mídia, além de ser um dos mais respeitados.

Hiroshi Bogea consegue, em seu blog, deixar claro que tem um posição, mas ao mesmo tempo consegue dialogar com as posições divergentes, respeitando-as e, quando equivocado, retratando-se. Ao contrário de outros blogs "sangue no olho", que não podem conviver com o diferente, e distorcem os fatos para justificar seu discurso.

Quem quiser conhecer mais o Blog do Hiroshi, é só clicar no link na coluna da esquerda.

Estamos começando bem...

O blog Assuntos Candente mal foi criado e já dá o que falar. A coluna Primeiro Plano da edição de hoje do jornal Público, faz referência à postagem Jader Barbalho: Denúncias requentadas e a disputa do senado em 2010 .

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Jader Barbalho: Denúncias requentadas e a disputa do senado em 2010


Cidadão incauto que chegue a Belém e leia o noticiário regional de O Diário do Pará poderá chegar precitadamente à conclusão de que o jornal presta um grande serviço á democracia. Em especial, por denunciar as ligações perigosíssimas entre o prefeito e a empresa Belém Ambiental.

Contudo, uma leitura do cenário político e as pretensões do proprietário do grupo, o deputado federal, ex-governador do Pará, ex-senador e ex-presidente do Senado Federal, Jader Barbalho, desfazem esta primeira impressão.

Apesar de muitos de seus seguidores, tanto nas empresas de comunicação quanto no campo da política, afirmarem que Jader almeja retornar ao governo, suas movimentações indicam que o interesse do Sobrancelhudo é retornar à casa da cumbuca emborcada.

É público e notório o desagrado do prefeito Duciomar Costa em lidar com as questões paroquiais da capital paraense e seu desejo de retornar à Brasília, onde, dizem, fora seduzido pelas belezas da cidade. Duciomar, para Jader, é um potencial adversário, por dispor da máquina da capital, onde Jader é mais rejeitado. Vide a derrota de seu primo José Priante em 2008.

Isto explica o furor com que as denúncias contra a Belém Ambiental tem retornado à manchetes de seu jornal. Aliás, destaco o verbo retornar, pois tais denúncias são mais requentadas que a maniçoba do Círio. Explica também o destaque dado à pesquisa do DEM, bem como notinhas maldosas tentando indispor Paulo Rocha com os garimpeiros de Serra Pelada.

Outras fontes sugerem que o desagrado de Jader com o prefeito tem natureza comercial, haja vista os gastos milionários em publicidade que a municipalidade tem feito em veículos da família Maiorana, inimigos mortais de Jader Barbalho.

O certo é que Jader, político veterano e experiente, com processos por desvios de dinheiro aguardando o fim do seu foro privilegiado, não pode ficar sem mandato. Jader sabe disso, e nem a mais bela parlamentar poderá fazê-lo mudar de idéia.

Ps. E você deve estar se perguntando: E Valéria? Por que Jader não bate em Valéria? Ora meu caro, Jader não vai perder seu tempo chutando cachorro morto...