terça-feira, 27 de outubro de 2009

Priante e o factóide


Em entrevista ao blog do Bacana, José Priante, ex-deputado e presidente do PMDB de Belém,  declarou sua disposição de lançar Jader ao governo do estado em plena convenção de domingo. Vejam o que disse Priante, quando perguntado se iria lançar Jader ao governo:

“ Vou sim, porque é o que meus companheiros querem, é o que o Pará quer. E tomara que tudo de certo e ele seja o candidato.”

Construindo um leitura de cenário um tanto quanto questionável, Priante justifica os motivos que o levam a crer que a candidatura de Jader é necessária e possível:

“as condições para ele ser candidato ao Governo nunca foram tão boas. Ana está muito mal, pelo interior e pela capital ninguém quer saber dela. Nem o PT quer saber dela. (...) está na frente de todas as pesquisas. Todas, sem ficar uma de fora. Então acho que ele tem todas as condições de vir para o Governo e ganhar.”

“O PSDB está dividido, as cicatrizes são enormes e não vão fechar tão rápido. Então, não importa quem seja o candidato deles, esse candidato não terá o apoio de todos do próprio partido, não terá unidade, entra fraco, já estão fracos.”

Mais adiante, Priante mostra ser um político dedicado às causas partidárias, e se diz disposto a se sacrificar em nome do partido, optando mesmo pela vaga ao senado:

“Claro, tem pesquisa aí que mostra meu nome muito bem avaliado. Estou pronto para a disputa, seja para que cargo for...”

Aqui fica claro que a entrevista fora montada para Priante lançar o factóide, que o daria condições para o golpe decisivo para o futuro de suas pretensões políticas. Aproveitando-se do clima de auto-afirmação partidária, construído e estimulado por Jader, Priante pensou que poderia lançar publicamente Jader ao governo, durante a convenção municipal do PMDB, e tensionar internamente o partido, obrigando Jader a entrar num encurralada: ou assume a candidatura ao governo, ou recua e perde credibilidade nas bases. Em ambas as situações, Priante ganharia.

Apesar de primo de Jader, Priante nunca dispôs da confiança do morubixaba o suficiente para sucedê-lo na liderança do PMDB. Lançado foi ao governo em 2006, mas na condição de boi de piranha. Na disputa à prefeitura, Jader e Elcione se empenharam arduamente na reeleição de Helder, deixando Priante sozinho.

Priante queria expor Jader, para dividir o partido e projetar-se como liderança para disputar os futuros caminhos do PMDB com o Helder, que sucederá o pai na condução do PMDB. Mas Priante esqueceu-se que esgrima com Jader, e Jader não iria cair numa armadilha tão infantil. Tanto que nem apareceu na convenção do factóide.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse Priante é mesmo um fanfarrão. Ele quer que Jader corra o risco de ficar sem mandato para que ele saia ao senado e possa ser o nome do partido para a disputa ao governo estadual em 2014, escanteando Jader, Elcione e Helder. Mas tu jura que Jader vai se permitir ir parar no xilindró, e entregar de bandeja o PMDB pro Priante. Só falta agora ele querer pegar a Simone Morgado, ora pois.

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, vcs são ILARIANTES

Levi Menezes disse...

ILARIANTES mesmo anônimo...



Tudo isso é tudo ILÁRIO.


O que quer que isso signifique...

Anônimo disse...

Essa disputa surda entre Priante e Jáder tem mais rasteira do que em roda de capoeira, com o perdão da rima involuntária.
A propósito, "ilariante" pode não ser correto do ponto de vista gramatical, mas é até "bacana".