A candidatura de Fernando Yamada ao governo estadual pelo PTB, lançada na tribuna da ALEPA por Joaquim Passarinho, para alguns alguns observadores da política paraense representou o surgimento de uma terceira via. Para outros, apenas um balão de ensaio.De cara, houve um espanto geral, seguido de uma série de manifestações de desdém pela pré-candidatura. Avalio que ela serviu para cobrar um postura daqueles que tem pressionado por alternativas às candidaturas de Ana Júlia e Simão Jatene, pré-candidatos assumidos. Em especial, Jader Barbalho.
O velho morubixaba foi sem dúvida o maior abalado pelo anúncio de Yamada, assim como pela licença de Anivaldo Vale da vice-prefeitura de Belém. Numa dança-de-rato-sapateado-de-catita que já está passando da validade, Jader não assume a que cargo vai concorrer, deixando seus possíveis aliados sem saber o que fazer.
Um dos incentivadores da terceira via, sem nunca anunciar que nome a representaria, Jader se viu pressionado a abraçar o nome de Yamada. O vacilo do morubixada apenas demonstrou o que todos já sabiam: terceira via de ** é ****. Ou seja, Jader tentou usar PTB e PR como massa de manobra nas suas tentativas de conquistar um pedaço maior do bolo governista.
A consequência da falta de consequência de Jader em suas articulações é o isolamento. O morubixaba está só. Nem mesmo o deputado Vic Pires Franco o adula mais. O resultado do jogo de esticar a corda é que ela pode arrebentar.
PTB e PR estão cada dia mais próximos de Ana Júlia. Vic e Jordy estão de braços dados com Jatene. Restará a Jader torcer pela cassação de Duciomar e Anivaldo e esperar pelo reordenamento da cena política para um próximo movimento. Enquanto isso, na festa de Paulo Rocha, os petistas tiram fotos posando de chapa majoritária.
